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O Nucab

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Apresentação

Atualmente vinculado ao curso de História, o Núcleo de Cultura Afro-Brasileira – Nucab foi criado em 1994, marcando, com outros núcleos fundados no mesmo ano, o início da institucionalização da pesquisa na Universidade de Sorocaba.

O Nucab nasceu da trajetória do Instituto de Cultura Afro-Brasileira (Icab), criado em 1979 dentro da Sociedade Cultural e Beneficente “28 de Setembro”, e foi mais tarde incorporado à FIDA (Faculdades Integradas Dom Aguirre), fazendo parte do processo de constituição da Uniso. Desde sua implantação, o Núcleo trabalha junto a movimentos sociais no combate ao racismo e na difusão da cultura afro-brasileira.

O Nucab desenvolve estudos e pesquisas sobre as relações étnico-raciais, a cultura afro-brasileira e o racismo estrutural socialmente implantado no Brasil, visando à discussão e conscientização da relevância desses temas dentro e fora da Universidade.

HISTÓRIA DO NUCAB

O Nucab (história e pesquisadores envolvidos):

Final dos anos 70. Um grupo de jovens negros iniciava sua lide profissional e se inseria no mercado de trabalho após a conclusão do Ensino Médio: se encontrava nos finais de semana na Sociedade Cultural e Beneficente “28 de Setembro”, na Rua Machado de Assis, 112, em Sorocaba. Muitos deles, ou porque ainda não absorvidos pelo mercado de trabalho ou porque admitidos como aprendizes, rendiam graças aos pais, porque estes eram sócios da entidade e, assim, seus rebentos ali também eram recebidos. Não há como deixar passar a oportunidade de análise ao nome da entidade: vivíamos o ano de 1979: apenas noventa anos antes, nossos ancestrais haviam sido libertos do odioso regime escravista.

Para nós, jovens, fazia muito tempo; mas, sabemos hoje, vivíamos o alvorecer do que só agora começa a adquirir tons que prenunciam um dia de sol claro, forte, como deve ser a passagem de cada ser humano nesta Terra.

Mas, apenas porque negros, se ainda hoje sofremos dificuldades, não é difícil perceber as muitas faltas que faziam parte daquele cotidiano. O benefício primeiro ia além do saciar as necessidades vitais; era preciso organizar e proporcionar convivência para que esta pudesse agir em favor do resgate da autoestima, há muito vilipendiada. Se “o ventre era livre”, ali estávamos, portando nossos diplomas ou certificados emitidos pela rede pública: em sua maioria, nos colocando em novo patamar para conquistas pessoais, o que nos compelia à ação dentro do próprio segmento. Naquele ano, propusemos à Diretoria Executiva da Sociedade a criação de um organismo dentro dela, que melhor acolhesse e desse voz aos mais jovens. Nasceu o Instituto de Cultura Afro-Brasileira, nosso querido e promissor ICAB.

Neste momento de recordação, justa e respeitosamente se faz necessária a citação de um nome: Jorge Narciso de Matos, nosso “negociador” junto aos mais velhos; nosso amigo, nosso líder. Saudade imorredoura.

O ICAB mostrou-se importante na vida do segmento negro sorocabano, por se propor a “descobrir”, dentre os mais diversos meandros culturais, mesmo que um leve traço negro.

Nossa proposta maior era desmanchar a simplicidade exposta nos livros didáticos quanto à presença negra/escrava no país, bem como recontar o período em que foram editadas as leis abolicionistas: passado tanto tempo desde do 13 de maio de 1888, ainda não nos era claro – e que não se perca nos meandros do trocadilho – o motivo pelo qual se escolheu o didatismo da sequência de datas para contar o final do regime escravista, isolando entraves e consequências.

O ICAB floresceu e deu frutos: a duras penas, seus instituidores conseguiram continuar estudando até atingir o terceiro grau; a partir de então, era preciso aplainar caminhos para que o insucesso de jornadas truncadas pela desistência não se tornasse frequente. Foi então que, dentro do ICAB, surgiu a FUNDAÇÃO CAFUNÉ – Caixa de Financiamento ao Universitário Negro – iniciativa absolutamente necessária à época, posto que anterior a qualquer programa de governo, e que logo no início encontrou duas instituições parceiras na cidade: a Fundação Dom Aguirre, mantenedora da então Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Sorocaba, e a Associação Cristã de Moços, a ACM, mantenedora do curso de Educação Física, então único na cidade.

Não vamos nos estender ao histórico do nosso “cafuné” aos mais jovens, para além de registrar que foram, pelo menos, 30 deles amparados durante sua formação acadêmica, até o surgimento dos programas governamentais.

Com certeza, a grande empreitada do ICAB foi aderir, logo no nascedouro, à ideia de dar vida à Universidade de Sorocaba: naquele momento, o ICAB se constituía no único grupo independente do sistema escolar dedicado a uma área do conhecimento que, por sua amplitude, promovia discussões a partir de trabalho escrito, a cada mês, com registro em jornal próprio do órgão, o TAMBU, ou por órgão da imprensa local.

Merece registro especial o TAMBU: no início, apenas datilografado, com três ou quatro cópias que eram passadas de mão em mão; com o advento e propagação das máquinas copiadoras, mais exemplares puderam circular no seio do grupo, até chegarmos ao luxo da impressão, quando da comemoração dos nossos vinte anos.

Foi quando a Universidade de Sorocaba, unindo as faculdades então mantidas pela Fundação Dom Aguirre, surgiu. Por admitir-se de caráter comunitário, passou a conter o ICAB, a ela cedido pela Sociedade Cultural e Beneficente “28 de Setembro”, que, na neoestrutura, passou à condição de Núcleo de Cultura Afro-Brasileira – o NUCAB, que interage com toda a comunidade acadêmica, assim como se constitui em elo de transmissão de conhecimento à comunidade.

Também e constantemente, nós avaliamos. Evidentemente, poderíamos ter construído mais, mas foi o que nos foi permitido, dadas nossas fraquezas e a tal divisão do tempo, nem sempre favorável ao estudo no embate com as obrigações do dia a dia. Em todos estes anos voltados ao dinamismo da vida do segmento negro sorocabano, para além do conhecimento individual acumulado, cada participante deste agora Núcleo de Cultura Afro-Brasileira da Universidade de Sorocaba foi instado a ler, contribuindo para a formação geral do segmento de origem e para a comunidade de entorno; isto porque dizer não ao racismo é nosso modo de instar para que a paz norteie a vida de todos. (Por Ana Maria de Souza Mendes – Membro do Núcleo)

É este o nosso grande objetivo.
Venha e permaneça conosco.

ARTIGOS

Natais (12 de dezembro de 2022, Jaqueline Lima Santos)
https://nucabfala.wixsite.com/nucabfala/post/natais

O Hip-Hop e a reconfiguração da negritude em São Paulo (19 de outubro de 2022, Jaqueline Lima Santos)
https://nucabfala.wixsite.com/nucabfala/post/o-hip-hop-e-a-reconfigura%C3%A7%C3%A3o-da-negritude-em-s%C3%A3o-paulo

Por trás do nosso logo (8 de junho de 2021, Ademir Barros dos Santos)
https://nucabfala.wixsite.com/nucabfala/post/por-tr%C3%A1s-do-nosso-logo

REDES SOCIAIS

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